sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Argumentos a favor do evolucionismo

Baseia-se no estudo comparado das formas e estruturas dos organismos com o fim de estabelecer possíveis relações de parentesco entre elas. A presença de órgãos homólogos, análogos e vestígios são provas importantes que evidenciam relações filogenéticas ou de parentesco entre diferentes espécies, realçando a unidade existente entre as diferentes formas de vida consideradas.

Estruturas homólogas – São estruturas que apresentam uma origem embriologia semelhante, a mesma posição relativa, mas podem ter aspecto e funções diferentes.
Resultam da acção da selecção natural sobre grupos de seres vivos provenientes de um grupo ancestral com um que colonizaram diferentes habitats e, por isso, sofreram pressões selectivas distintas. Esta situação é designada por evolução divergente.


Estruturas análogas – são estruturas que apresentam um plano estrutural e uma origem embriológica diferentes, mas que desempenham a mesma função. Resultam de pressões selectivas semelhantes sobre indivíduos provenientes de grupos ancestrais diferentes mas que ocuparam meios semelhantes, esta situação é designada por evolução convergente.

Estruturas vestigiais – São órgãos atrofiados que não apresentam uma função evidente nem importância fisiológica num determinado grupo de seres vivos. Porem, noutros grupos, estes órgãos podem apresentar-se bem desenvolvidos e funcionais. Revelam relações de parentesco entre os grupos de seres vivos e a mutabilidade das espécies.

Argumentos Paleontológicos

O estudo do registo fóssil de espécies extintas (que não têm representes actuais, contrariando assim a imutabilidade das espécies, na medida em que levam a admitir que a Terra foi habitada, ao longo do tempo, por formas diferentes de seres vivos) permite a elaboração de fortes argumentos a favor do Evolucionismo. Para além de ter permitido pôr em causa a ideia da imutabilidade das espécies, permitiu definir percursos evolutivos de determinados grupos através do levantamento das modificações sofridas ao longo do tempo.

A descoberta de fósseis de transição ou formas sintéticas (corresponde a forma que possuíam características que correspondem, na actualidade, a dois grupos diferentes de organismos) tem permitido o estabelecimento de relações filogenéticas entre diferentes grupos actuais. Documentos que permitem concluir que as espécies não são independentes quanto à sua origem, contrariando as ideias fixistas (Ex.: Archaeopteryx, Pteridospérmicas, Ichtyostega).

Árvore filogenética é um diagrama com diferentes ramificações que têm em conta a origem dos grupos a partir de ancestrais comuns. Os ramos destas árvores assinalam o aparecimento de novas formas de seres vivos.
Argumentos Citológicos

Consiste na constatação de que todos os organismos são constituídos pelas mesmas unidades básicas: as células. A uniformidade dos processos e mecanismos celulares pressupõe também uma unidade evolutiva (ex.: as semelhanças entre a estrutura das membranas sobre o processo de divisão celular).

Argumentos Embriológicos

A Embriologia diz-nos que para os mesmos estádios de desenvolvimento existem analogias entre os indivíduos. Logo, é provável que haja um ancestral comum entre eles. A partir de um padrão muito semelhante nos estados iniciais, vão-se formando estruturas características dos adultos de cada espécie. Nos indivíduos pertencentes a espécies mais complexas, esse padrão sofre, geralmente, um maior número de modificações (quanto mais complexo é o animal, mais tempo demora a adquirir a forma definitiva, partindo desse padrão comum inicial).

Argumentos Bioquímicos

As provas bioquímicas apoiam a evolução na medida em que reforçam a ideia de origem comum dos diferentes grupos de seres vivos. Estes argumentos baseiam-se:

– na semelhança existente entre os compostos químicos orgânicos (ex: no número e sequência de nucleótidos de DNA e no número, sequência e tipo de aminoácidos das proteínas);

– nas vias metabólicas comuns (ex.: síntese de proteínas, processos respiratórios e modos de actuação das enzimas);

– na universalidade do código genético e do ATP como energia biológica utilizada pelas céluas;

– nas reacções sorológicas, baseadas também nas reacções específicas entre antigenes e anticorpos, importantes para esclarecimento de relações filogenéticas através dos mecanismos de aglutinação.




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Lamarck vs Darwin

OS seguintes quadros apresentam as diferenças entre as prespectivas de Lamarck e de Darwin.


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Darwinismo


Darwin, aos 22 anos, partia abordo de um navio de armada britânica, o HMS Beagle. Nesta viagem, Darwin recolheu uma extensa quantidade de dados que mais tarde utilizou na fundamentação da sua teoria sobre a origem das espécies. Os dados mais importantes foram:

Dados da Geologia

Também a leitura da obra de Charles Lyell, mais especificamente, a Teoria do Uniformitarismo (princípio das causas actuais e gradualismo) influenciou Darwin: assim como acontecia com os fenómenos geológicos, também as espécies teriam evoluído lenta e gradualmente, modificando as características presentes nalgumas espécies. Os fósseis e fenómenos vulcânicos que Darwin tinha observado, contribuíram para a aceitação desta teoria por parte dele, assim como a idade da Terra estimada na altura (vários milhões de anos), que era considerada suficiente para permitir essa evolução lenta e gradual.

Como se pode observar pela seguinte figura, os fósseis apresentam diferenças de estrato para estrato.


Dados da Biogeografia

Darwin constatou que as espécies de Cabo Verde eram semelhantes às da Costa africana, mas diferentes das espécies das Galápagos.

A explicação encontrada por Darwin para esta situação foi a de que as espécies dessas ilhas eram mais parecidas com as do continente por partilharem um ancestral mais recente, logo as semelhanças seriam resultado de uma descendência comum.

Nas Galápagos, ao analisar tentilhões, Darwin apercebeu-se que estes eram diferentes de ilha para ilha. Mas apesar dessas diferenças apresentavam grandes semelhanças entre si. Também eram parecidos aos da costa americana. Portanto deveriam ter uma origem comum. As condições existentes em cada ilha condicionariam, então, a evolução de uma espécie de tentilhão, conduzindo à diversidade observada.

Mas não o observou somente com os tentilhões. Também com as tartarugas se passava o mesmo.

Selecção natural

Darwin pôs em evidência o mecanismo essencial que dirige a evolução , a selecção natural. A selecção natural explica que os seres mais aptos sobrevivem e espalham na natureza os caracteres mais favoráveis. Dado que o ambiente não possui os recursos necessários para a sobrevivência de todos os indivíduos que nascem, deverá ocorrer uma luta pela sobrevivência durante a qual serão eliminados os menos aptos.

A teoria de Darwin pode ser resumida no seguinte raciocínio:

– todas as espécies apresentam, dentro de dada população, indivíduos com pequenas variações nas suas características, como, por exemplo, na forma, no tamanho e na cor.

– as espécies originam mais descendentes do que aqueles que podem sobreviver.

– na luta pela sobrevivência, os descendentes que possuem variações vantajosas, relativamente ao meio em que se encontram, têm maior taxa de sobrevivência, sendo eliminados os indivíduos que possuem variações desfavoráveis – Selecção natural.

–os indivíduos portadores de variações favoráveis transmitem as suas características à descendência.

–a selecção natural, actuando ao longo de muitas gerações, conduz à acumulação das características mais vantajosas nos descendentes pelo que os indivíduos serão tão diferentes que eventualmente poderão vir a constituir novas espécies.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lamarckismo

Lamarck é uma figura de referência na história do evolucionismo, pois foi o primeiro a apresentar uma teoria explicativa coerente sobre os mecanismos de evolução. Este admitia uma progressão constante e gradual dos organismos mais simples para os mais complexos. Esta progressão ocorreria segundo dois princípios:

Lei do uso e do desuso

Segundo Lamarck, o ambiente é o principal agente responsável pela evolução dos seres vivos. A necessidade que os seres sentem de se adaptar a novas condições ambientais, resultantes de alterações do ambiente, conduz ao uso e ao desuso contínuo de certos órgãos. Deste modo, a função que o órgão desempenha acabará por determinar a sua estrutura como forma de adaptação ao meio.

Por exemplo:

– O pescoço alongado da girafa foi obtido graças ao hábito de este animal alongar a cabeça em busca das folhas de certas árvores de que se alimenta - desenvolvimento do órgão pela necessidade de adaptação ao meio.

– Os espinhos que estão presentes no cactos são folhas que se modificaram ao longo da evolução, fazendo com que a perda de água seja menor.


– Nas aves nadadoras, as membranas existentes entre os dedos dos pés das aves nadadoras surgiram pela decorrente necessidade de nadar.

No seguinte vídeo, explica-se o que Lamarck defendia:


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Origem da Multicelularidade

As membranas internas das células eucarióticas permitiram, até certo ponto, contornar o problema da falta de superfície em relação ao volume da célula. Contudo, a logística necessária para levar a cabo o metabolismo celular limita o tamanho da célula, que não pode aumentar indefinidamente. O desenvolvimento de uma maior complexidade estrutural e metabólica foi conseguida através do desenvolvimento de organismos multicelulares. A cooperação e a divisão de tarefas torna possível a exploração de recursos que uma só célula não pode utilizar.

O primeiro passo na evolução para os organismos multicelulares terá sido a associação de organismos unicelulares em colónias.

Nalguns tipos de associação colonial relativamente simples, as células, após a divisão, mantêm-se unidas por uma matriz e são morfológica e fisiologicamente equivalentes, podendo, cada uma delas, dar origem a uma nova colónia. Em associações coloniais mais complexas, e envolvendo um maior número de células, verifica-se comunicação entre as células, coordenação das actividades celulares, especialização de células e divisão de tarefas.

A especialização e a cooperação permitem que as células se combinem, formando um organismo com mais capacidades do que cada uma das suas partes constituintes.

A Volvox é um exemplo de uma colónia, sendo de bastante importância já que se admite que a multicelularidade possa ter surgido na Terra por evolução de seres coloniais do tipo considerado.

O aparecimento da multicelularidade permitiu uma serie de tendências evolutivas que acabaram por conferir vantagens aos respectivos organismos, como:

– a diferenciação celular, com a consequente especialização no desempenho de determinadas funções;

– a diminuição da taxa metabólica e utilização mais eficaz da energia, resultado da diferenciação celular;

– o aparecimento de seres de maiores dimensões que mantêm constante a relação superfície/volume das suas células;

– uma maior diversidade de formas que conduziu a uma melhor adaptação aos diferentes ambientes;

– uma maior autonomia em relação ao meio externo, dado que os sistemas de órgãos garantem que o meio interno mantenha um maior equilíbrio (homeostasia) face às flutuações do meio externo.

A origem dos eucariontes e a evolução da multicelularidade estiveram na origem de uma explosão da diversidade biológica.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

5. Mutações Cromossómicas

As mutações cromossómicas são modificações que ocorrem nos cromossomas e que podem afectar o cariótipo dos indivíduos, qualitativa ou quantitativamente, isto é, podem alterar a estrutura de um ou mais cromossomas – alterações cromossómicas estruturais – ou o número de cromossomas – alterações cromossómicas numéricas.
Ao contrário das mutações génicas, que são reconhecidas através da sua manifestação no fenótipo, as mutações cromossómicas são, em geral, detectadas pela observação do cariótipo do indivíduo afectado.


Mutações cromossómicas estruturais
Estas mutações envolvem alterações no número ou no arranjo dos genes, mas mantem-se o número de cromossomas.

É sobretudo a ruptura da estrutura linear dos cromossomas durante o croosing-over, seguida de uma reparação deficiente, que é responsável pelo aparecimento de sequências anormais de genes.

Estas mutações podem ocorrer pela perda de porções do cromossoma (delecção), a sua duplicação (duplicação), troca de posições de segmentos (inversão) e a troca de segmentos entre cromossomas de pares diferentes (translocação).

Mutações cromossómicas numéricas
São anomalias em que há alteração do número de cromossomas. Estas mutações podem ocorrer em diferentes etapas da meiose:

- durante a divisão I, pela não separação de cromossomas homólogos;

- durante a divisão II, pela não separação de cromatídios de cada cromossoma.


Nesta imagem, nomeadamente na figura do lado esquerdo, observa-se um erro na divisão I, pelo que não ocorreu separação dos cromossomas homólogos. Consequentemente, duas das células-filhas irão ter, cada uma, 3 cromossomas (trissomia); e as outras duas irão ter, cada uma, 1 cromossoma (monossomia).

Na figura do lado direito observa-se um erro que ocorreu na divisão II, pois não ocorreu a separação de cromatídios do cromossoma. Assim, duas células-filhas irão ter um número normal de cromossomas; e uma das outras duas células-filhas irá ter um cromossoma a mais (trissomia) e a outra irá ter apenas 1 cromossoma (monossomia).

As mutações podem ser induzidas por agentes exteriores, como raio-X. Normalmente, estas mutações são prejudiciais para o portador ou para os descendentes. Todavia, algumas mutações podem ser benéficas e melhorar a capacidade de sobrevivência dos indivíduos das novas gerações.

Por outro lado, as mutações são uma fonte importante de variabilidade genética, que permite a diversidade de organismos e a evolução das espécies.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

4. Reprodução Sexuada

A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois gâmetas, o gâmeta masculino e o gâmeta feminino, ou seja, é necessário que ocorra fecundação. A célula resultante, o ovo ou zigoto, tem assim um conjunto de cromossomas provenientes de dois gâmetas. Cada espécie apresenta um número característico de cromossomas nas suas células, possuindo cromossomas de origem paterna e materna idênticos dois a dois. Cada um desses pares de cromossomas é designado por cromossomas homólogos. Os cromossomas homólogos são idênticos no tamanho e na estrutura e são portadores de genes para os mesmos caracteres.

As células, como o ovo ou zigoto, cujos núcleos possuem pares de cromossomas homólogos são chamadas células diplóides (2n). As células que possuem apenas um dos cromossomas dos pares cromossomas homólogos são designadas células haplóides(n).Os seres vivos que se reproduzem de forma sexuada mantêm o número de cromossomas presentes nas suas células constante graças a uma redução do número de cromossomas antes da formação dos gâmetas ou dos esporos – a meiose. A fecundação repõe o número de cromossomas original através da sua duplicação. No ciclo de vida dos seres que se reproduzem sexuadamente a fecundação e a meiose são considerados processos complementares.Meiose

Durante a meiose ocorrem duas divisões nucleares antecedidas de uma só replicação do ADN que tem lugar durante a interfase. Tal como na mitose, essa replicação tem lugar no período S, verificando-se a duplicação da quantidade de ADN e os cromossomas passam a apresentar dois cromatídeos unidos pelo centrómero.

As duas divisões que constituem a meiose podem ocorrer sequencialmente ou existir entre elas uma interfase mais ou menos longa. No entanto, durante essa interfase não se realiza nova replicação do DNA dos cromossomas. Em certos casos, os núcleos passam da telófase I directamente para a metáfase II.

A divisão I é reducional, porque o número de cromossomas fica reduzido; a divisão II é reducional, como a mitose.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Partenogénese: Tubarão fêmea virgem dá à luz

Investigadores norte-americanos confirmaram um segundo caso de reprodução de tubarões por partenogénese, ou seja, sem a participação de um macho, segundo um estudo publicado numa revista especializada em biologia marinha.

Dermian Chapman, biólogo perito em tubarões no Instituto da Ciência de Protecção dos Oceanos da Universidade Stony Brook, de Nova Iorque, e principal autor deste trabalho, provou com um teste de ADN que a cria de um tubarão fêmea não continha material genético de um pai.

A fêmea é da espécie Carcharhinus limbatus, ou tubarão-de-pontas-negras. Vive há oito anos no aquário de Norfolk Canyon, na Virgínia, onde foi colocada pouco depois de ter nascido no oceano, e nunca teve contacto com machos.

Este é o segundo caso de partenogénese observado até agora em tubarões, tendo o primeiro sido descoberto pela equipa do mesmo biólogo no aquário do zoo de Omaha (Nebraska) numa fêmea de tubarão-martelo.

"É agora claro que a partenogénese acontece em várias espécies de tubarões", sublinha Chapman num comunicado. "O primeiro caso de nascimento virgem em Maio de 2007 não foi um acaso e é possível que este fenómeno se produza por vezes em numerosas espécies de tubarões".

"É possível que a partenogénese se torne mais frequente entre os tubarões se a densidade da sua população baixar demasiado, fazendo com que as fêmeas tenham mais dificuldade em encontrar machos", segundo o biólogo Mahmood Shivji, da Universidade Nova Southeastern, na Florida, outro dos autores deste estudo publicado no Journal of Fish Biology.

As populações destes tubarões diminuíram muito nos últimos 20 anos devido ao excesso de pesca, sobretudo para satisfazer a procura de barbatanas de tubarão

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

3. Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada permite a formação de novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem que haja a intervenção de células sexuais — os gâmetas. Deste modo, não há fecundação e, consequentemente, não ocorre formação do zigoto.
A reprodução assexuada pode manifestar-se através de uma multiplicidade de processos que possuem em comum as seguintes características:

· São rápidos e conduzem à obtenção de um elevado número de descendentes, o que permite uma rápida dispersão das populações;


· Apenas um progenitor é necessário para originar descendentes, o que representa uma economia de energia;


· Os descendentes possuem a mesma informação genética entre si e, por sua vez, igual à dos progenitores, que se reflecte no facto de possuírem as mesma características estruturais e funcionais.


· Ocorrem quando as condições ambientais são favoráveis, permitindo crescimentos acentuados nas populações.

Existem vários processos de reprodução assexuada. Os mais comuns são os seguintes: bipartição, fragmentação, gemulação, partenogénese, multiplicação vegetativa e esporulação.

Bipartição
Uma célula divide-se em duas células-filhas aproximadamente iguais. Este processo é frequente em seres unicelulares (ex. paramécia) e também pode ocorrer em seres pluricelulares (ex. planária).


Fragmentação

Fragmentação do organismo em diversas porções, sendo cada uma delas capaz de regenerar as partes em falta para construir um novo organismo completo. Ocorre em seres pouco diferenciados (ex. estrela-do-mar) e em algas (espirogira).

Gemulação

Na superfície da célula ou indivíduo forma-se uma dilatação – gomo – que dá origem a um novo organismo após um processo de crescimento e separação. Ocorre em seres unicelulares (ex. leveduras) e em seres pluricelulares (ex. esponja).



Partenogénese

Formação de um novo indivíduo a partir de um óvulo não fecundado. Ocorre em abelhas, pulgões, e nalguns peixes, anfíbios e répteis.

Multiplicação vegetativa

Certas estruturas vegetais pluricelulares originam, por diferenciação, novas plantas. Os casos mais comuns ocorrem a partir de folhas, caules aéreos, estolhos (ex. morangueiro), rizomas (ex. fetos), tubérculos (ex. batateira) e bolbos (ex. cebola).

Esporulação
Formação de células reprodutoras especiais – os esporos – que, por germinação, originam novos seres vivos. Comum em fungos (ex. bolor-do-pão) , algas e plantas (ex. fetos e musgos).


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

2. Diferenciação Celular

A divisão celular permite a regeneração de certos tecidos. Caso não tenha ocorrido nenhum erro, as células que resultam das divisões mitóticas do ovo possuem o mesmo número de cromossomas com cópias iguais de DNA.
Durante o processo de crescimento de um organismo, as células, apesar de serem geneticamente iguais, vão sofrendo um processo de diferenciação celular que as torna morfologicamente diferentes e aptas ao desempenho de determinada função.

A diferenciação celular envolve a expressão de determinados genes e a inactivação de outros. Em cada célula, aproximadamente 5% dos seus genes estão transcritos e a ser traduzidos em sequências de proteínas, estando todos os outros inactivos. O controlo celular da diferenciação permite que os genes que se exprimem nas células de um tecido sejam diferentes dos que estão activos noutro tecido. Deste modo, as células de tecidos diferentes vão possuir proteínas que as tornam especializadas no desempenho de determinada função. As células iniciais resultantes da divisão do ovo e certas células dos organismos adultos são indiferenciadas, podendo dar origem a células de qualquer um dos tecidos do organismo. A capacidade que as células indiferenciadas possuem de poder originar qualquer tipo de células diferenciadas, ou mesmo de originar um indivíduo, é conhecida por totipotência.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

1.5 Ciclo celular

As células de um organismo pluricelular surgem por divisão celular de uma célula anterior e terminam a sua existência também por divisão celular, originando duas células-filhas. O intervalo de tempo entre o surgimento de uma célula e o momento da sua divisão designa-se por ciclo celular. Ciclo celular é composto por uma etapa longa de crescimento celular, em que a célula prepara a sua divisão – a interfase – e o período em que ela se divide em duas células-filhas – divisão celular ou fase mitótica. Durante a interfase, o DNA sofre replicação semiconservativa, garantindo a passagem de cópias iguais de DNA para a duas celulas-filhas que se irão formar. A divisão celular compreende a divisão do núcleo – mitose – e a divisão do citoplasma – citocinese. A mitose decorre em quatro etapas: Profase, metafase, anafase e telofase. No final da mitose a célula possui dois núcleos com o mesmo número de cromossomas que possuem cópias de DNA igual ao do núcleo da célula da célula que lhes deu origem.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

1.4 Alteração do material genético

As sequências dos nucleótidos do DNA podem sofrer alterações – as mutações génicas – que conduzem à síntese de proteínas anómalas. Estas proteínas anómalas podem originar anomalias devastadoras para o organismo que as possui; no entanto, podem conduzir ao aparecimento de características que ajudam o organismo a sobreviver melhor no seu ambiente e podem conduzir ao aparecimento de novas formas de vida.

Mutações, que consequências?

Albinismo:

Resulta de uma hipopigentação geral. Os indivíduos afectados têm os cabelos brancos, a pele muito, são muito sensíveis ao sol. A íris e a retina são igualmente despigmentadas: a reflexão da luz sobre os vasos sanguíneos dá, por vezes, uma cor vermelha às pupilas. Todas as foras de albinismo são devidas a alteração do material genético, o que conduzem à ausência de um pigmento – a melanina.

Uma das grandes descobertas acerca dos genes foi que eles podem experimentar alterações. Erros na replicação do DNA ou vários outros mecanismos conduzem à mudança de bases na sequência de nucleótidos. Contudo, globalmente, as taxas de mutações observadas no DNA, porque todos os organismos têm sistemas de enzimas que reparam alguns erros. Quando a molécula de DNA, contendo um erro, se replica, forma-se uma molécula que é igual á original e outra molécula com uma nova combinação de bases.

Encontrei este vídeo. Acho que se adequa perfeitamente! Espero que gostem.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

1.3 Síntese proteica

A síntese proteica é um fenómeno complexo que ocorre em duas etapas: a transcrição e a tradução. A transcrição, que ocorre no interior do núcleo, consiste na passagem da informação contida no DNA para o RNAm. O RNAm é a molécula responsável pelo transporte da informação do DNA dos cromossomas do núcleo para o citoplasma, onde ocorre a síntese da proteína. Cada codogene será transcrito numa sequencia de três nucleótidos de RNAm que codificam um aminoácido – Codão. No citoplasma os ribossomas iniciam a leitura da sequencia de codões do RNAm, traduzindo-a numa sequencia de aminoácidos. Os aminoácidos são alinhados na sequência correcta, indicada pelos codões, com a intervenção dos RNAt, que possuindo sequências de três nucleótidos complementares do codão – anticodão, garantem a tradução exacta do RNAm, isto é, num determinado codão só irá emparelhar o anticodão complementar do RNAt que transporta o aminoácido codificado, garantindo-se a fidelidade da informação genética.

sábado, 24 de outubro de 2009

1.2 Replicação semiconservativa do DNA

O DNA possui a capacidade de originar cópias de si mesmo, através de um processo designado por replicação. Este processo assegura tanto a produção de células geneticamente idênticas como a passagem da informação genética ao longo das gerações, em todos os organismos. Neste processo cada molécula de DNA final recebeu uma das cadeias de nucleótidos da molécula original e que serviu de molde à nova cadeias antiparalela que se formou.
O DNA além de garantir a produção de cópias idênticas de si mesmo, também controla o funcionamento das células através do controlo da síntese proteica. As informações contidas na molécula do DNA para o tipo de proteínas a produzir estão codificadas - o código genético. No final deste processo obtém-se duas moléculas de DNA exactamente iguais, com os nucleótidos dispostos na mesma sequência em que estavam dispostos na molécula original. Cada uma das moléculas fica com uma das cadeias da molécula original que serviu de molde. Por esta razão, este processo é designado por replicação semiconservativa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

1.1 As molécula de DNA e de RNA

A molécula de DNA é um polímero constituído por unidades designadas por nucleótidos.

Cada nucleótido é constituído por uma pentose ( açúcar simples constituído por cinco átomos de carbono), a desoxirribose, à qual se liga um grupo fosfato e uma base azotada. Existem quatro tipos de nucleótidos. A desoxirribose e o fosfato são constantes em todos eles, podendo estes variar uns dos outros pela base azotada que posssuem: adenina (A), timina (T),citosina (C) e guanina (G). A ligação entre dois nucleotidos faz-se entre a desoxirribose de um nucleótido com o grupo do seguinte, constituindo-se, desta forma, cadeia de nucleótidos ou cadeias polinucleotídicas. Estas cadeias iniciam-se sempre por um grupo fosfato, terminando numa desoxirribose, é constituída por duas cadeias de nucleótidos antiparalelas. Esta dupla hélice mantém-se unida devido à complementaridade das bases azotadas que estabelecem ligações químicas entre si, as pontes de hidrogénio. A adenina do nucleótido de uma cadeia emparelha com a timina de um nuleótido da outra cadeia e a citosina com a guanina.

A molécula de RNA é um polímero de nucleóidos. Nestes. A ribose substitui a deoxirribose, daí a designação de ácido ribonucleico para esta molécula. A diferença entre o DNA e o RNA é que o RNA não possui nucleótidos de timina, uma vez que esta base azotada é substituída apenas por uma cadeia de nucleótios. Esta cadeia, por vezes, pode enrolar, quando se estabelecem ocasionalmente pontes de hidrogénio entre as complementares (A=U e C:G). Existem vários tipo de RNA consoante a função que desempenham: RNA (mensageiro) e RNr (ribossómico). Geralmente, o RNA é sintetizado no interior do núcleo, migrando depois para o citoplasma, onde desempenha a sua função.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

1. Crescimento e renovação celular

As células dos seres vivos são sistemas abertos que trocam constantemente materiais e energia entre o seu interior e o seu meio externo. Estas trocas permitem à célula manter uma interna que garante a produção de energia e de macromoléculas indispensáveis ao seu crescimento. Funcionamento e multiplicação. Os mais importantes desses compostos celulares são as proteínas, atendendo à grande variedade de funções que desempenham quer a nível celular, quer a nível orgânico.

A síntese proteica é um fenómeno complexo através do qual são produzidas proteínas que conferem especificidade a uma dada célula, a um órgão ou a um organismo de determinada espécie. As proteínas produzidas nas células de cada organismo são determinadas pelas informações contidas no material genético de cada espécie.